sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Um momento de sua atenção...

Olá pessoal! Dessa vez sem gramática, sinto muito. Mas tenho algo importante para divulgar aqui. Gostaria de compartilhar com vocês o link para o site da igreja à qual frequento (http://igrejabatistanovaalianca.weebly.com/index.html). Lá vocês podem encontrar estudos bíblicos muito interessantes e outros materiais também muito legais. Algumas seções do site ainda estão em construção, então esperem por ainda mais conteúdo no futuro =). A Igreja Batista Nova Aliança é uma congregação ainda humilde e pequena em número de membros, mas cujo comprometimento com a mensagem bíblica impele sempre adiante. Quem tiver curiosidade e quiser saber mais, é só entrar no site ^^. Obrigado pela atenção de todos.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Para motivar seu aluno

Olá, pessoal! Depois de algum tempo sem postar nada novo aqui, voltei para mostrar a vocês uma maneira interessante de motivar seus alunos a aprender análise sintática. Sim, isso mesmo, análise sintática, o terror dos aluninhos! Esse foi um exercício que um professor da faculdade fez com a minha turma e é muito interessante, confiram:

Prestem atenção na seguinte frase:

"O navio holandês entrava no porto o navio brasileiro."

Há alguma coisa de errado com ela? Ela faz sentido? Você acha que essa é uma frase bem construída? (Se você não achou nada estranho na frase, não se manifeste. Espere até o final do exercício). Agora, explicarei porque essa frase pode causar (e causa de fato!) estranhamento na maioria dos falantes.

"Entrar" é um verbo intransitivo, ou seja, não aceita complementos objeto direto e nem objeto indireto. No máximo, o que se pode fazer é colocar adjuntos adverbiais depois do verbo "entrar" (entrar em algum lugar, entrar com alguém, etc...). Assim, a frase em questão não provoca estranhamento até "O navio holadês entrava no porto...". É quando se acrescenta o objeto direto "o navio brasileiro" que a frase fica estranha, pois o verbo "entrar" não aceita esse tipo de complemento.

Certo, isso tudo você sabe. Mas como usar isso para motivar seus alunos? Bom, isso é simples! Se eles acharam a frase estranha, com algum erro ou defeito, isso quer dizer que eles perceberam tudo o que expliquei no parágrafo anterior. Ou seja, mesmo que eles não saibam dizer o que é um objeto direto, ou o que é um verbo transitivo, eles perceberam que sintaticamente a frase está incorreta. Isso quer dizer que mesmo sem o aparato técnico, o jargão gramatical, os alunos analisaram sintaticamente a frase e constataram uma incongruência nela. Para tornar esse exercício mais interessante, pode-se pedir que os alunos tentem reescrever a frase de modo a eliminar essa "estranheza". Provavelmente o que se verá será algo do tipo "O navio holandês entrava no porto." ou "O navio holandês entrava no porto com o navio brasileiro", ou seja, os alunos tentarão eliminar ou modificar o causador do estranhamento (o objeto direto "o navio brasileiro"), mostrando novamente que mesmo sem conhecer o jargão gramatical eles tem capacidade de analisar sintaticamente uma oração.

Agora, para o final do exercício, revele aos alunos que "entrava" não se trata do verbo "entrar", mas sim de "entravar", como em "minhas costas estão entravadas". Assim, o estranhamento se desfará, pois "entravar" aceita complemento objeto ("alguém entrava algo"). Mais uma vez se demonstrará que os alunos tem condições de analisar sintaticamente a oração.

Agora, porque isso acontece? Por que os alunos, mesmo sem conhecimento gramatical, conseguem identificar anomalias nas sentenças e propor modificações que de fato corrigem essas anomalias? Isso ocorre pois todo falante da língua já analisa sintaticamente as orações que produz e que recebe. A análise sintática é um processo interior a todo falante, sendo inclusive importante constituinte da comunicação humana. Ou seja, é algo quase que intuitivo. Assim, pode-se motivar os alunos dizendo que eles já sabem fazer análise sintática desde o momento em que disseram "Papai, quero papá!", e que a eles falta somente o conhecimento técnico, das convenções gramaticais.

Acredito que assim o ensino de análise sintática parecerá menos assustador a seus alunos ;)